segunda-feira, 5 de agosto de 2013

POLÍTICA: os berlusconis caseiros

Quem terá dúvidas sobre o facto de passos coelho constituir a marioneta do bando criminoso, que criou, enriqueceu e tratou de passar para os contribuintes a fatura do roubo praticado no BPN?
Se a nomeação de Franquelim Alves já demonstrara a intenção de chamar ao executivo quem desempenhara funções nesse banco laranja, a de Rui Machete só veio empolar a dimensão dessa regra. Sem esquecer que, também em Belém, já figurava um dos beneficiários desse esbulho posteriormente imposto a todos os cidadãos para remendar o buraco entretanto transferido para as finanças públicas.
E que ligação existirá entre esse grupo composto por eminentes cavaquistas e quem andou a vender PPP’s e swaps  a torto e a direito para, depois, se posicionar em funções de secretários de estado com tutela sobre os setores para que haviam vendido produtos tóxicos?
Se pais jorge serve agora de alvo preferencial da atenção dos comentadores pró-PSD, que não foram mandados para férias (ao contrário do sucedido com os ligados ao PS!), todos parecem esquecer o papel de sérgio monteiro como vendedor pelos bancos das vilipendiadas PPP’s, que servem de arma de arremesso contra os incautos compradores em vez de se atribuírem as responsabilidades pelas inerentes perdas aos vigaristas, que as conceberam e propuseram.
A ministra das Finanças lançou a estratégia de defesa dessa gente: disparar primeiro, iludir as perguntas depois! E, mesmo quando todos estão convencidos da sua falta de razão, deita fora qualquer vestígio de ética, que ainda lhe restasse, decidida a prosseguir na tarefa pelos credores para prosseguir a missão de depauperar ainda mais as classes menos abonadas como forma de preservar a riqueza dos que lucraram com tais negócios!
Perante o escândalo de tais fraudes faz falta uma magistratura como a italiana, que não hesite em levar até às últimas consequências a identificação e inculpação dos berlusconis caseiros. Que, à nossa escala, roubaram tanto quanto aquele e com a esperteza de o terem conseguido com muito maior discrição ...


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