sexta-feira, 23 de agosto de 2013

POLÍTICA: ai que o verniz está a estalar-lhes nas unhas!

Estava tudo a correr tão bem, não estava? O governo recauchutado com os parceiros a jurarem amor eterno até às próximas legislativas. Os comentadores mais desafetos a serem calados nos diversos canais televisivos sob o argumento das férias de verão, embora deixando lá ficar o anão da trofa e o nadador do Tejo para que as mentes se voltassem a formatar à suposta falta de alternativas ao estado presente das coisas. E surgiram os incêndios e os acidentes de viação, com vítimas lamentadas com lágrimas piedosas - escamoteando-se quanto elas decorreram de culpas do governo, e não dos azares das circunstâncias. E o ruas e o meneses a distribuírem cheques ou a matarem porcos, para enganarem os miseráveis de quão bons são esses senhores doutores em quem vale a pena votar quando disserem para o ir fazer.
E os números? Que bonitos foram os indicadores do INE com menos desempregados e um crescimento económico como mais nenhum outro país europeu! A Merkel deve-se ter roído de inveja, quando viu o petiz luso a mostrar-se ainda mais merkeliano, que ela!
O problema do mau verniz é que estala facilmente nas unhas. Ainda assim, quando se constatou uma dívida pública já acima dos 130% ainda o ricardo costa e o paulo baldaia foram aos ecrãs da estação de Balsemão dizerem que não era nada de preocupante: uma má conjuntura astral, já que para o próximo trânsito do zodíaco, regressaríamos, ufanos, aos valorosos 120%.
Mas, diabo! Vem a execução orçamental do 2º trimestre e custa calar as evidências por muito que o duarte pacheco  se esforçasse por esganiçar a voz para asseverar que até representou mais um sinal de melhoria.  Como se não estivessem lá denunciados os impostos obscenos, que os portugueses sofreram nos bolsos e a contínua degradação do consumo interno - na redução das receitas do IVA - bem demonstrativa de como se vive cada vez pior, gastando-se menos nos bens essenciais, que significavam alguma qualidade de vida.
Será que passos e Cª conseguirão manter o verniz nas unhas até às eleições? Para perante o fracasso da estratégia autárquica de Seguro, ainda garantirem o suporte de vida ligado ao seu moribundo governo por mais umas semanas?



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