É um mundo onde os robôs humanoides - os hubots - ajudam os humanos nas suas tarefas domésticas. São comprados, utilizados, arrumados. Mas alguns personagens da série entram em comunicação mais íntima chegando às relações amorosas e à utilização daqueles híbridos como objetos sexuais. O que significa a progressiva perturbação dos frágeis equilíbrios da sociedade humana. Depressa começa a haver a noção de quanto esses hubots podem ajudar, mas também destruir as vidas dos seus proprietários. Razão para surgirem grupos que os rejeitam, os odeiam, os querem eliminar.
A ideia principal do autor da série, o sueco Lars Lundstrom, é a de que a humanidade ao inventar algo, nunca poderá fazer marcha atrás. Resta-lhe adaptar-se à mudança, assumindo as suas responsabilidades.
«Real Humans» fala da nossa humanidade em concreto e é por isso que os androides têm uma aparência tão humana. Para poder falar de racismo: a maneira como alguns dos personagens da série se comportam com os hubots é muito semelhante à que muitos dos nossos concidadãos revelam perante os imigrantes ou os ciganos.
No primeiro episódio estamos numa Suécia quase perfeita em que uma nova geração de robots tende a responder a todas as necessidades da sociedade: assistência às pessoas idosas, tarefas domésticas, etc.
Servis, esses empregados modelo nunca dormem. Mas a sua estranha presença suscita emoções contraditórias nos humanos. Do agrado de uns, de hostilidade crescente noutros, a fronteira entre seres vivos e robôs começa a esbater-se, quando o amor se mistura, ao mesmo tempo que estes últimos começam a almejar por uma maior independência.
A rebelião já começou, encetada por um grupo clandestino, os «filhos de David»...
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