Anda muita gente a prever que a vitória de angela merckel será um autêntico passeio nas eleições de setembro. Mas será assim tão certo? Ou o facto dela tudo fazer para manter a Europa acorrentada à sua adorada austeridade não espelhará precisamente a sua fraqueza?
É verdade que posso voltar a enganar-me como sucedeu com as eleições italianas aonde previa a vitória de Bersani e tive de aguentar o empate de berlusconi e o sucesso do palhaço grillo. Mas quero acreditar na dinâmica de vitória do SPD, agora que reorientou para a esquerda o conteúdo da sua mensagem política.
Numa altura em que os eurocéticos poderão causar mossa numa parte do eleitorado de merckel e em que a divulgação de muitos dos nomes envolvidos na evasão fiscal através de contas abertas em paraísos de várias latitudes suscita indignação, a mensagem anticapitalista poderá ganhar maior adesão nos eleitoresque, ademais, vêem intramuros os bávaros a quererem transformar os demais estados germânicos em réplicas dos países da Europa do Sul só porque partilham da riqueza criada no seu subterritório.
A cinco meses do escrutínio façamos votos para que a mudança das estratégias europeias ganhe novo fôlego a partir de Berlim. Livrando-nos de vez da sinistra figura do ministro schauble, e se possível enviando-o para a reforma roídinho da mais frustrada das invejas… deixando definitivamente órfão o seu rebento gaspar.
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