terça-feira, 30 de abril de 2013

POLÍTICA: Maioria Absoluta, porque não?


O Congresso do Partido Socialista suscitou diversas reações nos mais variados comentadores, mas uma das que mais frequentemente foi vinculada foi a da reivindicação de António José Seguro por uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas.
Os mais indignados confessaram o assombro de se formular tal pedido quando se está a mais de dois anos das próximas eleições. Os mais comedidos inquietaram-se com a impossibilidade de se manter esse objetivo na ordem do dia por tanto tempo.
Hoje é singular como a maior parte desses mesmos comentadores dá como provável a  possibilidade de passos coelho conseguir manter-se em São Bento até 2015.  Ricardo Costa, o diretor do “Expresso” é um dos mais convictos defensores dessa tese,  mesmo depois de a realidade já o ter recentemente desmentido a respeito de uma outra previsão: a de que José Sócrates nunca mais viria a regressar do seu exílio interior ou exterior tão danificada teria ficado a sua imagem junto dos portugueses.
Pessoalmente acredito que António José Seguro esteve bem em Santa Maria da Feira ao colocar esse objetivo como tangível no horizonte previsível das próximas eleições. E, ao contrário dos comentadores em causa, ele sente aquilo que qualquer pessoa sensata intui ao andar pelo país: que existe uma  saturação quase insuportável quanto às diatribes praticadas por este (des)governo. E que, mesmo contra o parecer de cavaco silva, a pressão social aliada á degenerescência da coesão interna entre os diversos titulares dos diferentes ministérios acabará por implodir a coligação PSD e CDS.
Faz, pois, todo o sentido que os socialistas se preparem para um novo ciclo político, que poderá surgir muito mais cedo do que se perspetivaria em junho de 2011.

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