sexta-feira, 19 de julho de 2013

POLÍTICA: a saída honrosa para Seguro depois do buraco em que se atolou

Torna-se cada vez mais evidente o grave erro político assumido por António José Seguro ao deixar-se atrair para a armadilha estendida por cavaco silva.
Basta ligar para os vários canais e ver o que diz a maioria dos comentadores, quase todos conotados com o psd, para concordar com a afirmação lapidar de pacheco pereira na Quadratura do Círculo: há quinze dias era passos coelho e paulo portas quem eram apontados como os responsáveis pela crise. Agora, mesmo não assinando o acordo, será o Partido Socialista quem será inculpado. Devolvendo ao (des)governo um suplemento de vida, que será aproveitado para prosseguir nas criminosas negociatas feitas a coberto das privatizações.
Nos próximos tempos, e sob o comando de maria luís albuquerque ou de antónio borges, poderemos ter a expectativa de tão bons negócios para quem compra, quanto o foi  o do BPN para os angolanos do BIC.
Significará isto que a situação se torna desesperada? Espero que não, mas será necessário que a incompetente Direção do PS enfrente o vendaval, que se seguirá com a firmeza exigida pelas circunstâncias: deixando que o furacão de comentários negativos se esgote na profusão com que se repetirão nas semanas seguintes à rutura do pseudo-Acordo e deixar que a realidade se volte a impor aos iludidos portugueses. Preparando-os desde já para os resultados negativos, que resultarão da implementação de mais austeridade e o que o verdadeiro saco de gatos, que é a convivência entre portas e passos coelho, volte a revelar a sua inevitável natureza.
O problema que se coloca aos socialistas é que, neste momento em que se exigiria a António José Seguro, que revelasse ter coluna vertebral bem firme e dissesse não ao que Belém lhe impunha, se tenha deixado iludir pelos cantos de sereia, provenientes de muitos telefonemas e outros contactos vindos de quem só tem a lucrar com a continuidade desta política e ele considerou mais representativos do que os portugueses, cuja auscultação pelo voto deveria ter mantido até ao fim…
Se tivesse verdadeiramente em conta os interesses dos portugueses e dos socialistas, António José Seguro só teria neste momento uma saída honrosa: demitir-se!


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