A grande coligação de empresários, que anda a assinar Manifestos para forçar o Partido Socialista a render-se aos ditames da troika, vem demonstrar quanto é fácil á direita nacional cerrar fileiras ao ver perigada a dinâmica adequada aos seus interesses. Daí que, depois de ter embarcado insensatamente numa sucessão de encontros negociais, que o levarão a tornar-se no culpado pelo fracasso da «salvação nacional», António José Seguro está enfiado num beco sem saída.
Ainda se tivesse dado alguma exequibilidade à continuidade de outro processo negocial com o Bloco de Esquerda, poderia sempre invocar a possibilidade de uma alternativa, que daria substância à tal centralidade reivindicada por Carlos Zorrinho. Mas, agora, encostado irreversivelmente à direita, poderá confrontar-se com a justa revolta interna de quem concorda com quem o ajuíza sem carisma para se alcandorar ao papel de líder de uma estratégia de efetiva recuperação da economia nacional e da via para um crescimento sustentado.
Teria gostado de me enganar a seu respeito, quando me escusei a votar nele para secretário-geral! Mas, infelizmente, os acontecimentos vão-me dando razão!
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