Costuma-se designá-lo como o discurso do taxista. Ou seja aquela súmula de conceitos mais ou menos populistas em que partidos e políticos são todos enfiados num saco em nome de uma visão regeneradora da governação. E, se a História mostra à saciedade os exemplos de ideologias desse tipo, que foram desembocar em ditaduras odiosas, também é fértil em adesões a elas de gente inicialmente conotada com a esquerda, mas incapaz de detetarem os perigos das conceções de que se fazem porta-vozes.
Daí que, por exemplo em França, muitos dos antigos militantes comunistas sejam hoje simpatizantes de marine le pen ou, na Hungria, muitos dos que tinham sido empenhados cidadãos socialistas engrossem hoje as hostes de apoio a orban ou ao partido fascista jobik.
Hoje, em Portugal, temos um demagogo desse tipo, que perora quase diariamente na SIC e acaba de lançar um livro a dar conta de como «governaria» Portugal. Mesmo prometendo irrevogavelmente a não vir a fazer política!
O «Inferno» do canal Q conota-o com os taxistas, mas tenho amigos do Bloco, que partilham vídeos seus nas redes sociais! Sem intuírem o que se esconde por trás dos seus argumentos tão próximos do senhor de Santa Comba!
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