segunda-feira, 29 de julho de 2013

POLÍTICA: A União Nacional estará no consciente ou no inconsciente de passos coelho?

Agora que passos coelho reincidiu na utilização do termo “união nacional” para perspetivar a ideia de continuidade do regime por ele circunstancialmente liderado, pode-se considerar que lhe caiu a máscara e revelou-se a sua verdadeira natureza: se não no consciente, alberga no subconsciente uma cultura salazarenta, que é típica de uma certa direita nacional, mais próxima dos modelos totalitários do século XX do que dos valores da democracia cristã pelos quais os mesmos estratos sociais procuraram conferir uma faceta mais civilizada ao mesmo objetivo de manter a exploração da maioria pela minoria detentora dos bens de produção e das respetivas rendas.
E a exemplo de salazar que, quando os ventos do pós-guerra o confrontaram com o anacronismo dos seus valores e instituições logo cuidou de esquecer os fundamentos ideológicos do Estado Novo entrando na lógica da sua salvação custasse o que custasse, passos coelho também vai dando sinais de ceder no acessório para manter o principal (o lugar de primeiro-ministro ainda determinante para exequibilizar os negócios em que, com as privatizações, está envolvido!).
Que interessa ter o Estado esbulhado de empresas rentáveis se, a curto prazo, passos e os seus amigos terão garantidos lugares nas Administrações dos grupos económicos de que estão a servir de testa-de-ferro para o assalto em curso?
Não admira que tenha dado a portas o penacho, que este desejava, ou se ilude os incautos com supostas mãos estendidas ao PS. Quanto mais tempo ficar, mais hipóteses terá de satisfazer os interesses de quem o tem por dócil marioneta do seu jogo de compra por baixo custo do que prometem vir a ser elevados lucros futuros!


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