Enquanto militante socialista não fiquei particularmente descansado com a equipa negocial designada por António José Seguro para representar o PS junto dos partidos da coligação, que nos (des)governa.
Se relativamente a Alberto Martins não vi qualquer objeção, já a escolha de Eurico Brilhante Dias e de Óscar Gaspar fez-me torcer o nariz por representarem o tipo de personagens menores que, somados a João Ribeiro, representam o pior do segurismo dentro do PS.
Então não haveria disponibilidade de um Fernando Medina ou de um Pedro Marques para tal missão, dado o seu domínio dos dossiers em discussão?
Nesta fase das discussões começo a temer que o PS aceite subscrever um acordo em que os três partidos se comprometam a pedir complacência à troika, ficando depois passos coelho ou maria luís albuquerque encarregados de a formular com o tipo de competência negocial, que ambos têm demonstrado na defesa da generalidade dos portugueses?
Hoje João Galamba viu a estratégia de cavaco silva como ilustrativa de uma tentativa de provocar o suicídio político de António José Seguro! E, de facto, é isso mesmo que parece!
Teria apreciado que o líder do meu Partido tivesse respondido ao inquilino de Belém com um veemente não a negociações com os representantes do (des)governo por muito que os comentadores televisivos viessem depois multiplicar opiniões a culpabilizarem-no pelo inevitável segundo resgate. Porque, na realidade, existe uma óbvia dissonância entre o que os portugueses já compreenderam e aquilo que os referidos comentadores pretendem que assimilem. E poucos duvidam da necessidade de correr rapidamente com esta gente dos lugares de decisão depois de tão gravosamente terem prejudicado os seus concidadãos.
Eleições já - eis a posição de que o Partido Socialista não deveria ter abdicado! Porque demonstraria aquilo que afinal a maioria desconfia que não tem: um líder com coragem, convicção e com um projeto sério de recuperação da sinistrada economia nacional!
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