A entrevista de rui rio à RTP demonstrou que o cavaquismo já está a preparar o funeral a passos coelho à frente do PSD e do governo agora recauchutado.
Político astuto, que conseguiu manter-se à frente da autarquia portuense, apesar de contar contra si alguns dos poderes mais influentes da cidade a começar pelo presidente do seu clube mais representativo e a culminar na classe cultural, que sempre execrou a sua preferência por corridas de carros antigos em detrimento dos bem necessários apoios ao teatro e às artes em geral, rui rio teve a plena noção de qual seria o momento certo para desferir dois tiros mortais na atual direção laranja.
Ciente de que menezes perderá as eleições de setembro seja para moreira, seja para Pizarro, ele aposta em vir a ser recordado pelos militantes laranjas da cidade como o “sábio” que bem os avisara da injustificada candidatura do seu rival de Gaia.
Mas ele não se ficou por aí: sabendo que maria luís albuquerque já é a bomba relógio pronta a detonar dentro do periclitante governo, rio coloca-se à parte, salvaguardando-se dos efeitos dos estilhaços, e preparando-se para surgir como o redentor capaz de salvar o partido laranja do desastre anunciado para as eleições seguintes.
Esse será o perigo com que o Partido Socialista deverá contar. Porque não existirão escrúpulos por parte da direita a anunciar um novo começo com direção diferente da que então será defenestrada. E, perante uma liderança incapaz de convencer os eleitores da bondade das suas propostas, os socialistas bem poderão arriscar-se a ver muitos dos que estariam agora dispostos a votar em si, só porque os dois anos de passos coelho têm sido infernais, caírem em novo canto de sereia com rio abençoado por cavaco a afiambrar-se a novo ciclo de políticas favoráveis aos suspeitos do costume.
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