Não temos dado suficiente atenção às limitações suscitadas à democracia na Grécia por força de um governo completamente enfeudado aos ditames da troika. O fecho abrupto da televisão pública foi um bom exemplo de como a liberdade de expressão e de informação parecem incompatíveis com as aspirações dos senhores do FMI, do BCE e da Comissão Europeia. Mas, também, a liberdade de reunião e de manifestação como ficou demonstrado com a visita do ministro alemão das Finanças a Atenas, que motivou a proibição liminar de qualquer tipo de contestação.
Não é só o Banco escolhido por Maria Luís Albuquerque para tratar da privatização dos CTT (com a mesma eficiência por ela já conseguida, quando entregou o BPN aos angolanos do BIC) quem defende essa incompatibilidade entre as políticas de samaras ou de passos coelho com a Democracia. É a prática autocrática desses governos, que salta à vista.
É, por isso, fundamental correr com essa gente tão rapidamente quanto possível. Porque não faltam os camilos lourenços ou os José gomes ferreiras a multiplicarem discursos sobre a inevitabilidade dessa prioridade conferida aos credores e que alguns crédulos interiorizam.
Porque é tempo de acabar com o economês como linguajar das propostas políticas, haverá que regressar à prioridade conferida às pessoas. Sobretudo às que não têm emprego ou só ganham quanto baste para se manterem produtivas.
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