Se a escalada verbal, ou mesmo bélica, entre a dupla União Europeia e EUA de um lado e a Federação Russa pelo outro, atingir a rutura, haverá quem muito perca com a situação:
· Os alemães ver-se-ão a contas com a dificuldade em assegurarem o funcionamento da sua economia pois importam da Rússia 40% do gás e 35% do combustível que consomem. Ademais têm 16 mil milhões de euros ali investidos em mais de seis mil empresas;
· Os britânicos confrontar-se-ão com uma grave crise no seu centro financeiro de Londres, hoje muito dinamizado pelo dinheiro dos oligarcas russos;
· Os EUA perderá o aliado providencial, que lhes deu a mão para se livrarem da linha vermelha traçada para a Síria e de que tiveram de recuar por causa da ligação à Al Qaeda dos rebeldes ao regime de Damasco. E perderão o intermediário, que lhes pode franquear a porta de diálogo com o Irão dos ayatollhas.
· A Federação Russa poderá entrar em grave crise económica com fuga maciça de investidores e de capitais, queda brutal do rublo e o aumento da inflação. Muito embora possa contar com o aumento do barril de petróleo, que lhe proporcionará maiores receitas.
No meio de tudo isto, que ganharão os ucranianos da parte ocidental do país tendo em conta o estado atual da sua economia, a dependência energética da Rússia e a certeza quanto ao tipo de receita garantida pelos seus atuais aliados para lhes remirem o pouco dinheiro com que lhes vão acenando para futuros ilusórios?
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