Continuamos com a sombra de uma guerra imprevisível a pairar pela Europa e o que as notícias televisivas nos vão facultando é a visão maniqueísta de quem só vê um lado da questão e quer escamotear o seu reverso, contudo pleno de razões. Por isso, quando se ouvem as afirmações de fabius, kerry, hague ou rasmussen, só podemos indignarmo-nos com a sua concertada tentativa de dar dos ucranianos uma imagem de gente democrática a contas com a ameaça de agressão dos mauzões russos. Por isso até um Miguel Sousa Tavares se viu obrigado a quase pedir desculpa a Clara de Sousa por achar que são os russos quem mais razão têm nesta altura. Ou não é verdade que:
· Ianukovich, por muito corrupto que fosse, era o presidente democraticamente eleito de acordo com as regras aceites como legítimas no Ocidente?
· A “revolução” de Kiev foi promovida e protagonizada em grande parte por nazis a quem os políticos de dois outros partidos de direita conferiram uma capa de “respeitabilidade”?
· Tão só chegados ao pode rem Kiev as novas autoridades logo retiraram ao russo a condição de língua oficial em igualdade com o ucraniano?
Depois de tudo isto os golpistas de Kiev queixam-se de quê?
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