Em 1892 Ellis Island, na baía de Nova Iorque, torna-se a principal porta de entrada nos Estados Unidos para os emigrantes, que estavam a chegar da Europa em número crescente.
Inaugurado em 1900, após um incêndio que lavrou nos antigos edifícios, o imenso centro, hoje transformado em museu, verá passar quase 12 milhões de pessoas até ao seu encerramento.
Entre elas a atriz Pola Negri ou o produtor de cinema Sam Goldwyn, vindos da Polónia, o escritor checo George Voskovec, o miúdo siciliano Salvatore Lucania, que virá a ser o chefe supremo da mafia com o nome de Lucky Luciano, o irlandês William O’Dwyer, futuro presidente da câmara de Nova Iorque.
Acompanhando os fios desses percursos biográficos exemplares, que ecoam outras vozes anónimas, o documentário mostra como, face aos dramas europeus da primeira metade do século XX, a América foi ambivalente. Mas também explica a razão porque esses párias irlandeses, judeus e italianos, acossados por adversários xenófobos, irão renovar e encarnar o “sonho americano”.
Filmes de arquivo dão consistência às recordações dos emigrantes e às explicações dos historiadores para esta viagem à memória complexa do melting pot americano.
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