domingo, 9 de março de 2014

POLÍTICA: Até cavaco silva é obrigado a reconhecer que o “milagre” é uma treta!

Em geral o que cavaco silva diz e escreve desmerece a nossa atenção, tão medíocre costuma ser o seu pensamento e mesquinha a sua personalidade. Mas até ele andou a fazer contas e concluiu, segundo o editorial do «Público»,: “mesmo que Portugal consiga todos os anos um excedente primário de 3% (e num cenário de crescimento anual do PIB nominal de 4% e com juros da dívida de 4%), só em 2035 é que o país conseguirá atingir um rácio da dívida pública de 60% do PIB, um limite imposto por Maastricht e com o qual Portugal se comprometeu ainda mais ao subscrever o Tratado Orçamental.”
É claro que, mesmo aceitando a previsão de acabarem em 2042 os empréstimos europeus do programa de assistência financeira - altura para que deveria ser ajustado o inefável relógio de paulo portas - os portugueses estarão condenados por esta direita a esquecerem a palavra «esperança» e a acatarem os conselhos do anterior e do atual cardeal patriarca de Lisboa em serem devidamente conformistas e aceitarem tudo quanto  lhes queiram impor.
Para o ocupante do Palácio de Belém a proposta também é a mesma, esforçando-se por fazer coro com passos coelho (nos dias em que ele acorda virado para esse lado!) para que o Partido Socialista se deixe transformar no imprescindível cão pastor com que pretenderão manter as ovelhas (em que querem ver transformados os cidadãos) no seu redil.
O jornal aqui citado também traz na sua última página uma citação de George Bernard Shaw, que deveria ser aproveitada por cavaco silva se não tivesse os neurónios não estivessem tão cristalizados na sua visão ideológica da realidade: “Alguns homens veem as coisas como são e dizem ‘Por quê?’ Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo ‘Por que não?’”
Houvesse a mínima probabilidade de ver a opacidade da sua mente ver-se iluminada por uma centelha de inteligência e os seus conhecimentos de Economia bastariam para compreender a inaceitabilidade dos cenários por ele reconhecidos no seu mais recente Prefácio assumindo a inevitabilidade de uma renegociação da dívida. O tal caminho que, apenas pelo calculismo de nos esperarem sucessivas consultas eleitorais, a direita está a tentar adiar para tão tarde quanto possível e, preferivelmente ser encetado por um governo de esquerda a quem possa vir a acusar de ter voltado a mergulhar o país na bancarrota.
Daí a importância de, constante e ruidosamente, ser fundamental ir clamando em como a bancarrota é a rota para onde passos coelho e paulo portas, apadrinhados por cavaco silva e durão barroso, andam a precipitar o país e a condenarem os portugueses a um triste futuro.


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