domingo, 23 de março de 2014

POLÍTICA: O quarto D será desendividar com desenvolvimento

A semana transata continuou a caracterizar-se pelas réplicas do sísmico Manifesto dos 74, tanto mais que outros tantos economistas e professores universitários internacionais o vieram caucionar com o seu prestígio e credibilidade. Mas também aconteceu a morte de José Medeiros Ferreira, aquele que, como Manuel Carvalho nos lembrou, considerava que, “na vida dos povos tudo é discutível, tudo é alterável, tudo é negociável”.
Que melhor resposta aos que, de Belém aos editoriais dos jornais económicos, passando pela camarilha que rodeia passos coelho, pretendiam impor o conformado silêncio à dimensão da dívida?
Há algumas semanas, o autor da fórmula dos 3 D (Democratizar, descolonizar e desenvolver ), considerara que Portugal só “pode fazer frente” à sua crise financeira “com uma política externa própria e ativa. Mas com uma política externa”. Ser um parceiro quieto e calado é uma política externa. Mas não é uma política externa “ativa”.
O mérito do Manifesto foi o de impor a necessidade urgente dessa política externa ativa. Só possível a quem não tem complexos de bom aluno e está disposto a enfrentar quem pretende concretizar os seus objetivos económicos e ideológicos por cima dos direitos e da qualidade de vida dos portugueses.


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