domingo, 23 de março de 2014

DOCUMENTÁRIO: «Os Jardins Suspensos da Babilónia» de Nick Green

Os Jardins Suspensos da babilónia integravam as Sete Maravilhas do Mundo. Mas, se a existência das seis outras parece atestada por vestígios ainda visíveis ou documentos comprovativos, não subsiste qualquer indício arqueológico sobre a localização desse espaço mítico, que teria sido mandado construir por Nabucodonosor no século VI a.C.
Stephanie Dalley, professora de Oxford especializada em assiriologia, integra uma escola de historiadores, que tem uma explicação racional para essa inexistência de vestígios: eles terão sido procurados no lugar errado.
Ela é umas das escassas pessoas a saber decifrar a escrita cuneiforme e terá sido ao trabalhar nas inscrições dedicadas ao rei Senaqueribe , que encontrou razões para lançar uma nova teoria logo objeto de grande controvérsia: terá sido esse monarca a criar os Jardins para obsequiar a esposa e livrá-la da tristeza suscitada pela paisagem desértica, que rodeava a capital do seu império. Ora, o palácio onde viveram no século anterior a Nabucodonosor, ficava a quatrocentos quilómetros de distância da antiga Babilónia. Ou seja, ficava em Ninive.
Hoje em dia, a antiga Ninive fica em Mossul, no norte do Iraque, numa das regiões mais perigosas do planeta.
Nada que demova a investigadora de ali se dirigir em busca de provas para a sua teoria. Por isso o documentário acompanha-a a partir das salas espaçosas do British Museum - onde se encontra um baixo-relevo a representar os Jardins em causa - até ao Iraque.
Esta palpitante aventura científica acumulará alguns elementos suscetíveis de corroborarem a tese em causa, nomeadamente a existência de uma extraordinária rede de canais pelos quais a água era encaminhada através do deserto para garantir a verdura dos fabulosos jardins.





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