sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

POLÍTICA: para que sejam os do costume a ganharem ainda mais?


Ontem antónio lobo xavier tomou posse enquanto responsável pela coordenação pela comissão que irá estudar a forma de reduzir a carga fiscal para os patrões, sendo logicamente de esperar a compensação da inerente quebra de receita com o aumento da «contribuição» de quem trabalha. Ou seja, quatro meses ainda não estão passados sobre a estapafúrdia história da TSU e já vítor gaspar trata de a querer reavivar, sob outro modelo, mas sempre em obediência ao seu inamovível credo ideológico.
E que se nomeie para o lançamento de tal reforma o administrador de empresas como o BPI, a Sonaecom ou a Mota Engil comprova bem essa lógica tipo relvas em que se designam juízes para decidir em causa própria. Como dizia Ana Drago é uma espécie de nomeação em que pomos as raposas a definir as regras de proteção do galinheiro.
Mas o fanatismo de gaspar está a ser conduzido a tal paroxismo que, mesmo contra a vontade de outros ministros e o repúdio da UGT, apostou na redução a (quase) coisa nenhuma das indemnizações por despedimento. Até um insuspeito opinador como André Macedo foi levado a concluir no «Diário de Notícias», que ele está impossível, irredutível, não deixa ninguém falar. Exige o cumprimento incondicional do acordo com a troika. (…)  O ministro das Finanças foi longe demais. Não é ministro, é uma ravina política, é um abismo fiscal.
Que os sacrifícios estão e continuarão a ser (se o governo não for entretanto derrubado) direcionados para os mais pobres e para as ainda sobreviventes classes médias demonstram-no à saciedade  mais dois exemplos agora conhecidos: que, segundo o Tribunal de Contas não existe evidência de que as despesas de funcionamento dos gabinetes dos membros do Governo tenham diminuído; e que, segundo a Bloomberg, os bancos  e investidores que compraram títulos da dívida portuguesa tiveram uma rendibilidade excecional: 57% no ano de 2012, a mais alta da Europa.
Como comentou Sérgio Lavos no «Arrastão»: Austeridade? Isso é coisa que não assiste a ministros, secretários de estado, adjuntos, assessores, secretárias e motoristas que trabalham na administração central do Estado. Já sabíamos. Austeridade? O povo que pague! Não andaram a viver acima das possibilidades?



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