No dia 4 de janeiro, e no âmbito da sua série de artigos intitulados «Que Valores para 2013?», o «Público» inseriu um excelente texto de Miguel Real intitulado «O Sentimento do Nada, a confiança e a esperança».
Porque se trata de uma abordagem bastante interessante sobre uma das principais obsessões destas páginas, aqui fica o seu primeiro parágrafo:
Em nome da santidade do seu orçamento, o Estado português é hoje uma aterrorizante máquina de roubo coletivo: roubo de empregos e de lucro legitimo das empresas; roubo de poupanças de anos; roubo dos salários; roubo de pensões; roubo da vontade empreendedora dos cidadãos e, sobretudo, roubo da alma dos portugueses. O maior roubo que o Estado português tem cometido nos tempos recentes residiu num espetacular e aparentemente impossível roubo do excedente de esperança que todo o cidadão necessita para a existência diária como garantia de que o futuro será, senão melhor, pelo menos não pior que o passado. Este foi o grande roubo coletivo - absolutamente inqualificável - operado pelo Estado português, assente na crença metafísica e obsessiva, até delirante, mesmo patológica, da inexistência de alternativas financeiras e económicas para a sua política.
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