Em principio tinha decidido omitir aqui qualquer referência ao discurso de cavaco silva no primeiro dia do ano, já que, como diz João Rodrigues no «Ladrões de bicicletas», ele continua a ser o presidente, com p pequeno, de todas as troikas. Mas, no «5 Dias» o Tiago Mota Saraiva conta uma estória irresistível, que aqui reproduzirei enquanto possibilidade de deixar comentado o episódio: Um povo caminha sobre uma autoestrada num viaduto sem fim à vista e com inúmeros monstros que o sugam e enfraquecem. No virar do ano o velho Adamastor abeira-se e obriga-o a saltar do viaduto. Diz que é inevitável, ainda que anuncie que uma parte morrerá do embate com o solo e outra dilacerada por automóveis. Nas suas memórias, o velho pulha, não demonstrará uma pinga de arrependimento declarando que tinha avisado para os perigos da queda e do atropelamento.
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