O problema que ocorreu esta semana com os aviões da Boeing - os gigantescos Dreamliner - vem levantar dúvidas sobre a bondade do conceito capitalista do outsourcing. De facto se os problemas de cumprimento de prazos, já conhecidos anteriormente, tinham estado relacionados com a morosidade na entrega de muitas das peças de que o aparelho é constituído, as baterias responsáveis pelos incêndios e pelos problemas agora verificados também resultam de subcontratação a outra empresa, que não a própria Boeing.
Devido às muitas solicitações a que são sujeitas por uma instalação com um peso ainda mais significativo da eletrónica na sua operacionalidade, essas baterias têm tendência a sobreaquecer. E, porque sendo de lítio, os líquidos que as compõem têm a aborrecida tendência para libertarem oxigénio assim que se põem a arder. O que resulta numa contínua realimentação do incêndio iniciado. Razão explicativa para o facto de, apesar de pequena dimensão, o incêndio deflagrado num desses aviões em Boston ter demorado cinco horas a ser apagado…
Ao ter delegado noutro fornecedor a resolução da alimentação elétrica dos seus equipamentos eletrónicos a Boeing viu a sua marca agora posta em causa pela insuficiência técnica daquele (quase) anónimo parceiro…
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