quarta-feira, 16 de abril de 2014

POLÍTICA: E passos dançou com zé gomes uma canção de Gardel

E lá tivemos o presunçoso «economista» da Sic a fazer o frete a passos coelho! Se José Sócrates dizia serem necessários dois para dançar um tango, o atual primeiro-ministro encontrou no autor de um desprezado programa de governo o parceiro ideal para o fazer voltear ao seu ritmo e a incliná-lo ou fazê-lo passar por entre as pernas, quando a música assim o indicava.
No final o júri dos comentadores avaliou a prestação do par e arrasou: tudo notas negativas, mesmo que o david dinis tentasse justificar o regresso ao redil de que se parecera apartar em tempos - a direita pura e dura - querendo equiparar passos a Seguro em eleitoralismo. Como se perante o ladrão em fuga, o diretor da nova publicação com que os neoliberais quererão poluir o universo da informação virtual, não visse melhor estratégia do que chamar a atenção para o incauto transeunte que ia a passar no outro lado da rua.
De todas as notas negativas atribuídas pelos juízes, que eliminaram o par de bailarinos o mais contundente foi Augusto Santos Silva na TVI24: normalmente uma exibição deste calibre visa transmitir aos espectadores uma mensagem assertiva. Engano seu: afinal para além da nuvem de poeira de que tem vindo a ser constituída a comunicação do (des)governo nos últimos tempos, passos nada de novo tinha a contar.
Repetiu assim a ladainha do costume: responsabilidades pelo empobrecimento brutal dos portugueses? Não foi ele, mas sim o Sócrates, que teria levado o país até à bancarrota! (parece que, apesar de cada vez menos, ainda vão sobrando uns crédulos numerosos para acreditarem nesta «narrativa» e ainda lhe darem alguns votos!).
Aumentos nos ordenados dos funcionários públicos? Em breve eles serão anunciados numa nova tabela salarial! Só não se saberá é quando poderá ser aplicada!
Aumentos nas pensões dos reformados e pensionistas? Enfim boas notícias: serão possíveis em 2016. Ou seja, quando os portugueses já tiverem despejado este governo para o merecido caixote do lixo da História!
Em suma tivemos uma exibição pífia do velho tango de Enrique Santos Discepolo («Yira Yira»), que diz assim aos que os ouviram:
Aunque te quiebre la vida,
aunque te muerda un dolor,
no esperes nunca una ayuda,
ni una mano, ni un favor. 
Pelo menos do condutor do par só se perspetivam desajudas, que os favores ficam reservados para os relvas, que pululam à sua volta!



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