Resumindo, e falando apenas de números:
· Apesar de ter imposto 30 mil milhões de euros de austeridade - ou seja mais 12 mil do que o previsto no memorando - o governo de passos coelho não conseguiu alcançar a meta de défice público ali definido. Em vez dos 3% em 2013 ficou-se pelos 4,9% e seriam 5,3% se não recorresse às tais medidas extraordinárias e não repetíveis.
· A meta igualmente definida para a dívida pública - deveria atingir um pico de 115,3% do PIB em 2013 - também ficou muito distante de ser atingida, chegando a 128,8%.
Não há nenhum economista - nem mesmo nos mais afetos ao governo, que seja capaz de negar a agudização da crise por efeito da redução drástica dos rendimentos dos portugueses. E daí as quebras verificadas no consumo, no investimento e no emprego.
Para 2015, o executivo irá fazer cortes de despesa adicionais de 1400 milhões de euros, essencialmente nos custos de funcionamento dos ministérios.
Esse incremento da austeridade - que será sempre feito à custa dos bolsos dos contribuintes mesmo que de forma mais ou menos disfarçada - confirma que este governo não aprende nada com os seus erros e está disposto a levar até ao fim a sua agenda ideológica. Custe o que custar…
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