quarta-feira, 2 de abril de 2014

POLÍTICA: Trovas de gentinha que passa!

A Natureza dá-nos muitos exemplos de predadores, que julgam certa a presa sobre a qual afiam os apetites saindo-lhes o tiro pela culatra. Histórias de felinos mortalmente feridos pelos coices de uma zebra ou dos búfalos, que acorrem a salvar um dos seus, não são difíceis de encontrar na internet.
Mas, se na Natureza, essas são as circunstâncias compreensíveis em que decorre o ciclo de vida de diversas espécies com umas devoradas pelas outras por razões de sobrevivência, quando transitamos essas histórias para o domínio da política encontramos alguns paralelismos, mas uma grande diferença: ao contrário do que se passa nas savanas, na política já não é essa diferença entre o viver e o morrer, que está em causa, mas o oportunismo e o arrivismo em todo o seu esplendor. São essas as características de uns mentecaptos, que pegando nas declarações de um dos seus maiores patéticos símbolos (o ainda presidente da Comissão Europeia), logo pretenderam colher toscos frutos de iniciativas, que se apressaram a anunciar. Estamos obviamente a falar desse deputado do CDS no Parlamento Europeu conhecido por só se distrair do ajeitamento da popa para ir acumulando perguntas e declarações de voto com que julga cumprir a sua lamentável função. Ou desse antigo líder da juventude laranja a quem, muito oportunamente, Ana Drago classificou um dia de «velho, velho, velho!». Um e outro quiseram lançar lama sobre o atual vice-presidente do banco Central Europeu.
Não vale a pena dizer-lhes os nomes, porque toscas são as suas identidades. Mas, como dizia uma deputada do Bloco, quando a direita acusa injustamente Vítor Constâncio sobre a sua atividade à frente do Banco de Portugal, está a proceder como se fosse lícito deixar os ladrões gozarem, impunes, o produto do seu roubo e se castigasse o polícia, que os não conseguira prender.
Esta é uma direita sem qualquer decoro, medíocre nas ideias e mesquinha nos atos. É a imagem diminutiva de um povo, que já foi, continua a ser e sê-lo-á decerto bem maior do que estas criaturas que, efemeramente, o dizem representar!


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