Em 1977 um grupo terrorista desvia um avião da Lufthansa mantendo os passageiros como reféns durante cinco dias.
Uma das hospedeiras, Gabriele von Lutzau, tinha 23 anos e a imprensa alcunhou-a de «Anjo de Mogadíscio».
Hoje ela surge-nos como escultora insuflando uma nova vida às árvores mortas mediante o recurso a serra elétrica e a maçarico.
O drama vivido há trinta e sete anos nunca mais deixou de a assombrar: “Tornamo-nos artistas depois de uma ferida mal curada, de uma perturbação, de um trauma. Isso é verdadeiro para qualquer artista. E para mim foi esse drama.»
Ela cria asas, corações ou outros símbolos da vida no seu atelier em Odenwald. São efígies em madeira a enaltecerem a paz e a proteção, as passagens entre mundos, mas sem nunca se dissociarem das próprias árvores, que trazem em si histórias dos acontecimentos, que suscitarem a sua queda.
A madeira é energia latente, que ela transforma à medida que a vai trabalhando...
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