terça-feira, 1 de abril de 2014

ARTE: Gabriele von Lutzau e a sobrevivência depois do trauma

Em 1977 um grupo terrorista desvia um avião da Lufthansa mantendo os passageiros como reféns durante cinco dias.
Uma das hospedeiras, Gabriele von Lutzau, tinha 23 anos e a imprensa alcunhou-a de «Anjo de Mogadíscio».
Hoje ela surge-nos como escultora insuflando uma nova vida às árvores mortas mediante o recurso a serra elétrica e a maçarico.
O drama vivido há trinta e sete anos nunca mais deixou de a assombrar: “Tornamo-nos artistas depois de uma ferida mal curada, de uma perturbação, de um trauma. Isso é verdadeiro para qualquer artista. E para mim foi esse drama.»
Ela cria asas, corações ou outros símbolos da vida no seu atelier em Odenwald. São efígies em madeira a enaltecerem a paz e a proteção, as passagens entre mundos, mas sem nunca se dissociarem das próprias árvores, que trazem em si histórias dos acontecimentos, que suscitarem a sua queda.
A madeira é energia latente, que ela transforma à medida que a vai trabalhando...


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