Há uns anos largos uma boa parte de Portugal riu com a bacoquice de Dias Loureiro que, tão só nomeado ministro por Cavaco, e logo telefonou ao pai para, ufano, dar-lhe a novidade.
Anos depois esse mesmo Cavaco deu provas do mesmo tipo de saloiice, quando empossado como Presidente da República se fez fotografar com a pacóvia Maria, os filhos e os netos a aproximar-se do novo «apartamento», que acabara de ganhar em Belém.
Agora essa mesma promiscuidade entre a vida familiar e a tomada de uma forma de poder foi assumida pela nova líder do CDS: no congresso de Gondomar não houve familiar que não tivesse lugar marcado nas primeiras filas para inchar ainda mais o seu já de si imenso ego. Houvesse lá por caso um papagaio e também ele teria presença certa para repetir as lerdices da patroa.
A sua consagração até poderá revelar-se uma espécie de fogo-fátuo, mas esse momentâneo sucesso junto dos seus já ninguém lho tira.
Mas não foi apenas por esse pormenor psicologicamente bastante revelador da sua personalidade pimba, que Assunção Cristas se destacou nestes últimos dois dias. Mesmo que a quisesse evitar era só acender a televisão e lá ela se queria vir impor na serenidade das minhas paredes. Por isso, mesmo acelerando no zapping, ainda deu para perceber que não faz a coisa por menos: já quer abocanhar a maior parte do eleitorado do antigo parceiro, propõe logo grandes pactos de regime (para voltar a impor cortes na Segurança Social, que já todos sabemos o que significam para os rendimentos dos reformados!), mesmo continuando a dizer de António Costa e da maioria de esquerda parlamentar o que Maomé não se atreveu sequer a dizer do toucinho.
Mas olhando para o rosto dela, e quiçá associando o Congresso à recente movimentação dos suinicultores, não compreendo bem porque raio me vi a falar da gordura dos porcos. Esta cabeça faz às vezes cada associação de ideias, que me surpreende! Oinc, oinc!!!
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