Foi uma das batalhas políticas mais difíceis travadas por José Sócrates enquanto ministro do Ambiente: a incineração de resíduos. Quer em Coimbra, quer em Setúbal ocorreram sucessivas manifestações, comandadas pelos suspeitos do costume a fazerem crer às populações os malefícios de um tipo de reciclagem de recursos, que é usual noutros países. Por exemplo, na Noruega que, apesar de produtora de petróleo não enjeita incinerar o seu lixo e o de outros países europeus para produzir energia.
Anualmente são mais de 10 milhões de toneladas de lixo sujeito a tal tratamento do qual 1/5 provém dos lares noruegueses. Num sério esforço ecológico o país recicla tudo quanto pode, nomeadamente recuperando materiais, que ganham uma nova utilização. O que não se recicla nem se recupera é incinerado para produzir energia.
A Câmara de Oslo está na vanguarda desse esforço investindo 200 milhões de euros para ampliar e modernizar um dos incineradores que possui e onde queima 310 mil toneladas de lixo. O suficiente para aquecer 90 mil habitações e iluminar mais de 30 mil.
Os benefícios são evidentes: reduzido a fumo esse lixo constitui uma alternativa às energias fósseis com emissões poluentes muito reduzidas. Por isso, além de fazer o tratamento do seu próprio lixo, a Noruega está a importar o da Inglaterra para rentabilizar ainda mais esta alternativa.
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