O dia de Natal trouxe-nos de «prenda» a mensagem de passos coelho. Desta feita, embora aparentemente não estivessem lá, a verdade é que tivemos direito a melodiosos violinos a darem-nos música, já que as palavras do ainda primeiro-ministro falaram de nuvens negras, que já não se divisarão no horizonte, e de uma terra farta onde brotarão cerejas e correrá o mel.
O inefável joão duque ouviu e ficou contente. Até mesmo otimista, já que acredita nos preços baixos do petróleo e em juros a preços de saldo para que o seu ídolo volte a ganhar as próximas eleições.
É essa a tónica dos defensores do governo: se chegaram ao poder exclusivamente à conta da crise financeira internacional, que sucedera à falência do Lehman Brothers, andam a fazer figas para beneficiarem de circunstâncias externas particularmente favoráveis, que lhes permita dar o golpe de misericórdia no que restará do Estado Social ao fim dos quatro anos (e meio) de mandato.
Outra é a leitura da grande maioria, que quer ver passos coelho bem enterrado no caixote do lixo da História: o seu discurso foi vergonhosamente eleitoralista imitando a lógica mentirosa com que iludiu tantos portugueses em 2011.
Por isso mesmo o melhor comentário à mensagem em causa veio da eurodeputada Marisa Matias do Bloco de Esquerda: “O mais positivo da última mensagem de Natal do primeiro-ministro é que foi a última mensagem de Natal do primeiro-ministro”.
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