sábado, 23 de março de 2013

ÓPERA: «Émilie» de Kaija Saariaho (3)


Prosseguindo com a abordagem da ópera compostaem 2008 por Kaija Saariaho sobre a figura de Émilie du Chatelet, vale a pena aqui colocar uma citação da própria personagem e que é bem elucidativa da sua personalidade: o amor é muitas vezes focado mais pelos infortúnios que causa do que pela indistinta felicidade que espalha na vida das pessoas. Afirmo no entanto que estas paixões são ainda assim desejáveis, mesmo se assumirmos que criam mais pessoas infelizes do que felizes, porque tal é uma condição necessária para a existência de grandes prazeres. No entanto não faz sentido viver apenas para experimentar sensações agradáveis e sentimentos; mais ainda, quanto mais intensas forem as sensações de prazer, mais felizes nos tornamos. É portanto desejável experimentar as paixões , mas reitero que isto não é igual para todos.
Emilie du Chatelet teve uma vida tumultuosa com paixões intensas por homens, por joalharia e pelo jogo, para além de uma inabalável atração pelo conhecimento científico.

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