As notícias de hoje foram férteis em sinais positivos sobre a evolução dos acontecimentos num sentido favorável ao dos interesses da maioria dos cidadãos europeus em geral e dos portugueses em particular.
A mais importante foi, decerto, a da reprovação pelo parlamento cipriota das condições de resgate anteriormente decididas pelo Eurogrupo durante o fim-de-semana. E, como a História tantas vezes demonstra, não é do epicentro das crises políticas e económicas, que vêm os fatores de mudança, que inflitam uma dinâmica contrária aos interesses da maioria. Agora são os cipriotas que, da sua minúscula periferia, dão o exemplo de cidadania, e acusam de insensata, senão mesmo de criminosa (porque de roubo se tratava!) a orientação política das cúpulas europeias.
Para que as luminárias do Eurogrupo (com vítor gaspar como uma das suas estrelas!) tenham chegado a esta proposta só se entende se os virmos quão desfasados estão da realidade política, económica e social de que são efémeros protagonistas e das aspirações dos seus cidadãos. E, sem o compreenderem, estão condenados a saírem da ribalta e a deixarem o lugar a quem tem um sentido bem distinto dos caminhos para onde se deve encaminhar a História.
Será por eleições? Claro que sim! Mas, paulatinamente, os defensores da austeridade a qualquer preço, terão de ser afastados para que os povos europeus possam recuperar o sonho dos fundadores da sua União. A de um continente desenvolvido e dinamizador do bem estar e dos valores civilizacionais mais avançados.
Mas os sinais de estertor dessa clique, cada vez mais isolada, vão surgindo de outros atores políticos. Por exemplo dos patrões com assento na Concertação Social que convergem com os sindicatos quanto à urgência do aumento do salário mínimo como forma de dinamizar a economia mediante o crescimento do consumo interno. Ou do desespero dos últimos defensores da fortaleza arruinada e cercada do (des)governo, seja com o mesmo gaspar a utilizar como argumento derradeiro do seu total fracasso o memorando tal qual foi assinado há dois anos, seja através das afirmações de belmiro de azevedo no clube dos supostos pensadores, que só revela a sua frustração perante a anunciada impossibilidade de fazer transitar a mão-de-obra do estatuto de explorados à de escravizados...
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