Um dos momentos surpreendentes do debate desta manhã foi quando passos coelho foi confrontado com o acordo entre parceiros sociais - patrões e sindicatos - para a revisão do salário mínimo e recusou qualquer alteração nesse sentido.
Um (des) governante, que está tão alheio ao que a sociedade institui como consenso generalizado, transforma-se num anacronismo, que tem de ser urgentemente resolvido. Importa agora saber como acontecerá!
Desde junho de 2011, que ando a prever aqui no blog a queda do governo em setembro deste ano como consequência dos desastrosos resultados eleitorais, que o PSD previsivelmente sofreria nas autárquicas e nas europeias. Situação inaceitável para um partido que sempre apostara na criação de uma solução prática para a empregabilidade dos seus «boys» nos quadros de recursos humanos dos municípios. A dois anos de distância previa uma espécie de «noite das facas longas» em que passos e seus cúmplices seriam imolados.
Mas dois fatores intervieram, que me levaram a rever a esse momento no sentido da antecipação: os péssimos resultados da aplicação da receita de austeridade a que tão empenhadamente se dedicaram e a previsível inconstitucionalidade do orçamento para este ano.
Nesta altura esse PSD profundo andará mesclado entre uma fidelidade cada vez mais difícil para com o seu governo e a possibilidade de salvar alguns anéis com a entrada em cena de um novo governo para quem transferir tanto quanto possível o ónus de uma situação social insuportável. E será esse desejo de sobrevivência dos seus companheiros de partido, que irá fazer cair passos coelho.
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