sexta-feira, 22 de março de 2013

PORTUGAL: sofrerá passos coelho de um síndroma patológico?


Esta manhã o debate parlamentar voltou a ser confrangedor para o governo, com passos coelho a recolher escasso entusiasmo das bancadas do PSD e do CDS, sobretudo quando passou a responder às intervenções dos líderes dos partidos da oposição. A incapacidade em ter outra visão da realidade, que não extravase as baias nele colocadas pelos credores representados na troika, chega a uma dimensão capaz de fazer emergir uma suspeita: será que, em vez de fanatismo ideológico, passos sofrerá de um qualquer síndroma, que o cega perante realidades tão tangíveis para a maioria dos portugueses como o são o desemprego, a precariedade ou o empobrecimento.
Foi, particularmente, caricata a sua reação a perguntas concretas de Catarina Martins, quando ela pretendeu respostas concretas e quantificadas sobre o número de funcionários públicos a enviar para o desemprego. Por três vezes sucessivas virou-se para a presidente da Assembleia da República a informá-la da indisponibilidade para responder à deputada bloquista.
Mas, não contente com esse alheamento das regras instituídas no Parlamento veio lançar a debate a questão do agendamento da moção de censura do Partido Socialista como se esse tipo de temas não tivessem sido sempre tratadas nas conferências de líderes parlamentares.
Por estes pequenos exemplos, passos coelho demonstrou como está de cabeça completamente desfasa da realidade e a cometer erros de uma infantilidade, que seriam impensáveis até para os menos críticos dos expectadores.

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