O ensaio «La Vérité sur le Cholestérol», acabado de publicar em França, pretende demonstrar a falsidade de muitos dos conceitos vigentes sobre o colesterol no corpo humano e de como constitui uma autêntica fraude a utilização das estatinas para o diminuir.
Para Philippe Even, o que entope os vasos sanguíneos são os coágulos, uma trombose, que origina um enfarte ou um AVC. Mas esse coágulo não cai do céu aos trambolhões: ele forma-se na forma de uma placa de ateroma fissurada, focalizada no local aonde o sangue é turbulento, nas bifurcações e nas curvas. A causa inicial reside, pois, nessas placas.
É uma doença que começa entre os 12 os 15 anos e agrava-se inexoravelmente ao longo da vida. Menor em muitas pessoas, mais grave noutras por razões genéticas desconhecidas.
E o que é uma placa? À partida é uma pequena cicatriz devida aos golpes de ariete da pressão arterial. O organismo cicatriza-a uma vez, dez vezes, cem vezes até se converter numa cicatriz inflamatória, espessa, fibrosa com umas quantas gorduras no centro. Mas pouco colesterol. E essas gorduras - ácidos gordos - oxidam-se e tornam-se irritantes, aumentando a inflamação cicatricial e fazendo, provavelmente, aumentar o tamanho da placa. O colesterol não interfere em nada nesse processo. É apenas testemunha, um marcador.
Os três perigos são a genética (continuando a desconhecer-se porque é que alguns formam ateromas e outros não), os golpes de ariete da circulação sanguínea e a oxidação dos ácidos gordos. O que não sucede com o colesterol, que é inoxidável.
Nunca se conseguiu, em laboratório, criar ateromas fornecendo gorduras a diversas espécies animais.
Acumulamos gorduras por todo o lado, no fígado, em todos os tecidos, nas veias e nas artérias, mas sem criarem placas como no ateroma. Daí a hipótese genética.
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