Uma equipa de urgências parisiense é convocada para socorrer um octogenário acometido de um AVC. Apesar dos esforços médicos, o paciente morre sem conseguir sair do coma.
Está lançado o tema deste documentário alemão, que recorre a dois exemplos bastante diferentes para responder a duas questões: como podemos sair do coma? Como podemos retomar a vida consciente?
Tamara Grübel passou vários meses em coma depois de um acidente de carro em 2004, quando regressava a casa após diversas semanas de prospeções arqueológicas na Borgonha. Ao regressar à consciência está cega e perdeu uma parte significativa das suas funções cerebrais. Embora se recorde de ter tentado comunicar com os pais ou com a irmã, quando estava supostamente inconsciente na sua cama de hospital. Sem o conseguir, claro!
Iniciam-se então anos de reaprendizagem para voltar a falar francês e inglês ou a tocar violoncelo, mas, sobretudo, para sentir-se capaz de uma vida autónoma na medida do possível.
Há também o caso de Trees, uma dona-de-casa holandesa de origem indiana, igualmente em coma depois de ser atropelada numa passadeira para peões e ter estado mais de cinquenta minutos sem oxigenação do cérebro. Em Liège é examinada por uma equipa médica especializada num protocolo clínico de avaliação do nível de consciência dos pacientes em coma.
Durante uma semana os médicos examinam as reações do cérebro a diversos estímulos e experimentam novas soluções a nível de medicamentação. Para concluírem pela irrecuperabilidade do seu estado de inconsciência.
Trata-se, pois, de um interessante documentário sobre as fronteiras da medicina, da tecnologia e da filosofia, focalizadas no cérebro humano.
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