1. As provas são múltiplas e não podemos deixar de as ir recenseando: ao arquivar o dossier da lista VIP sem ouvir os principais dirigentes nele envolvidos, o Ministério Público volta a dar mostras da sua costumada prática: tudo quanto sejam suspeitas sobre políticos socialistas são para levar até ao fim, se possível com fugas seletivas para os jornais a fim de os culpar antes sequer de serem acusados. Mas se as dúvidas envolvem políticos de direita, os casos são apressadamente arquivados por «falta de provas». Mesmo quando eles são tão chocantemente evidentes, que só cegos voluntários os não querem ver.
Pudera! Se não se quer sequer investigar, como será possível encontrar os factos comprometedores?
2, As provas sobre a incompatibilidade de Carlos Costa para cumprir com irrepreensível competência o cargo de governador do Banco de Portugal também são muito mais do que as suficientes. Acrescentemos-lhes agora mais uma, na expetativa de não tardar muito a gota de água, que faça extravasar o copo, ou por outras palavras, forçar a sua demissão.
Soube-se agora que, numa reunião realizada nos primeiros dias de dezembro de 2013, os responsáveis do Banco pela supervisão reuniram com a administração propondo que se retirasse a idoneidade a Ricardo Salgado. Numa atmosfera muito tensa, os subscritores da proposta apresentaram argumentos irrebatíveis, mas Carlos Costa opôs-se-lhes conseguindo que o Grupo Espírito Santos levasse as suas guerras internas até ao fim, enganando milhares de clientes e prejudicando sistemicamente todo o sistema bancário nacional.
3. Há dezenas de anos que não vejo o Festival da Eurovisão, nem sequer o que entre nós se organiza para escolher a canção destinada a ali representar a «música» portuguesa. Mas o boicote ucraniano à participação russa no concurso deste ano, confirma-o como peça de uma estratégia política, que nada tem a ver com as cantorias.
A atitude ucraniana apenas segue a lógica desesperada de um governo, surgido de mais um daqueles golpes cirúrgicos em que a CIA e outras agências de espionagem ocidental se especializaram nos anos Obama, e que terão agravado, mais do que verdadeiramente beneficiado os povos que supostamente seriam por eles «libertados».
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