Há muito que respeito as análises políticas de Augusto Santos Silva mesmo não concordando com algumas das suas opiniões sobre as outras esquerdas parlamentares. Mas existe sempre a sobreposição da Razão sobre as emoções e os preconceitos, que credibilizam quanto costuma afirmar.
Daí que sinta algum conforto por vê-lo corroborar o meu otimismo sobre o limitado futuro das extremas-direitas europeias. Na entrevista facultada a Bárbara Reis e a Raquel Abecassis («Público» de hoje) ele prevê resultados significativos para essas forças políticas nas eleições francesas ou alemãs deste ano, mas sem a capacidade de virem a governar. Seguindo-se a inevitável decadência ...
Terão sido circunstâncias muito específicas a criarem a tempestade perfeita para elas crescerem e ameaçarem a estabilidade política conhecida no Velho Continente desde a criação da antiga CEE. A seu modo o Brexit, e sobretudo a eleição de Trump, tenderão a criar a vacina, que inibirão tentações perversas.
Como tenho referido a quem me tem pedido a opinião sobre o futuro da maioria das esquerdas aqui ou sobre a exequibilidade de uma Europa dos seus povos, atrevo-me a ir mais além do que Gramsci: sou moderadamente otimista na Razão e exageradamente otimista na vontade.
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