No início do Estado Novo a Direita nacional estava suficientemente influenciada pelo fascismo de Mussolini, e depois pelos valores hitlerianos, para a dissociarmos do que o trogloditismo ideológico e comportamental pressupunha.
Mas o século XX foi evoluindo, a Igreja soube renovar-se em torno do Concílio do Vaticano II e surgiu um conjunto de intelectuais de direita, ciosos da defesa da doutrina social ali proposta e encontrando em ideólogos como Raymond Aron ou Albert Camus um suporte filosófico, que os tornava diferentes do que era uso e costume associar a quem estava nesse lado da barricada.
A Direita já não tinha de ser inculta, nem preconceituosa e até podia ostentar uma dinâmica filosófica, que contribuía para enriquecer o debate político.
Europeísta, empenhava-se na criação da sociedade do bem estar, até pela convicção de ser essa a via mais eficiente para impedir o fascínio pelos amanhãs que cantam por grande parte da população.
Com reagan, thatcher e a queda do muro de Berlim tudo mudou. A direita deixou de ter escrúpulos e abandonou a social democracia e a democracia social da Igreja, aparecendo em todo o seu esplendor com a força bruta com que as hordas teutónicas avançaram para terras alheias em várias fases da História Europeia.
No passado acabaram sempre derrotadas. E esse será o seu fim anunciado levando consigo os que de bom grado se vão prestando a servir-lhes de marionetes.
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