As revelações destes últimos dias, trazidas por Moreira de Sá na «Visão» e por André Macedo no «Diário de Notícias» não surpreenderam quem sempre teve a certeza de existir uma campanha negra anti-José Sócrates montada nas redes sociais, quer durante a vigência dos seus Governos, quer já na do atual.
Assim como não é motivo de grande surpresa, que tais notícias tivessem passado quase despercebidas pelo espaço mediático, sem suscitarem grandes estados de alma, quer em quem se viu denunciado nas suas torpezas, quer por quem lhes sofreu os efeitos. A brandura dos nossos costumes faz com que tudo pareça normal, até tão óbvia falta de escrúpulos por parte desta gente, que levou passos & Cª ao poder e lhe continua a garantir o apoio. Nesse sentido a esquerda tem-se portado como um anjinho num jogo de poker, em que as cartas estão claramente viciadas. E estão-no há muito, já que essa campanha não se iniciou com Sócrates: já no tempo de Ferro Rodrigues, o caso da pedofilia nas instalações da Casa Pia constituiu um exemplo do tipo de estratégia ignóbil, que pode ser montada para derrubar políticos cuja probidade nunca mereceu antes, nem viria a merecer depois, a mínima dúvida. Nessa altura até se pôde constatar uma singular (mas afinal não tão estranha assim!) coligação entre gente do PSD e do PCP para procurarem decapitar a liderança do Partido Socialista. E não esqueçamos ter datado de então a revelação dessa personalidade ímpar chamada rui Teixeira!
Anda por aí uma corja liderada por gente de agências de comunicação, contratada a partir da experiência de alimentar as redes sociais com as suas manipulações trauliteiras, para a qual os socialistas ainda não souberam encontrar o devido antídoto. Porque a ética republicana não lhes permite matar com ferros, quem com ferros os quis matar e porque ainda acredita na capacidade dos portugueses em distinguirem a decência da velhacaria. Mas deverão ter a noção de, tão só desempossados dos cargos públicos para os quais passos e portas os nomearam, os mesmos biltres se porem a reincidir naquilo que melhor sabem fazer. E quem sabe se nesta altura, o desocupado relvas não estará já a preparar a infraestrutura necessária para tal estratégia, que só terá um objetivo: perenizar o mais possível o acesso dessa gente ao pote!
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