terça-feira, 24 de outubro de 2017

Um primeiro passo, que aguarda por muitos mais

O Estado assumiu a posição de acionista maioritário do SIRESP passando a deter 54% do seu capital. Trata-se de uma decisão justa e acertada, porque coincidente com a perspetiva de fazer regressar ao setor público as áreas mais críticas nas questões da segurança das populações e na capacidade de gerir o país de acordo com os seus pressupostos constitucionais.
Uma das principais obsessões das direitas - tudo privatizar - tem de ser combatida como contrária aos interesses coletivos e, como tal, denunciada nos efeitos perversos a ela inerentes. Áreas como a energia e a sua distribuição, o controlo dos aeroportos e do tráfego aéreo, a exploração e distribuição dos recursos hídricos, os transportes rodoviários, fluviais, ferroviários e aéreos e o banco público - para citar os mais evidentes! - nunca deveriam ter sido transformados, ou passíveis de o virem a ser, em negócios gulosamente abocanhados pelos interesses privados.
Reverter muitas dessas privatizações é financeiramente inexequível a curto ou a médio prazo, mas as esquerdas não poderão demitir-se de considerar esse objetivo como prioritário nos seus programas políticos se querem ser consequentes com o cumprimento dos objetivos desenvolvimentistas e de diminuição das desigualdades sociais, que assumem como seu fundamento ideológico.
É por isso que a notícia da efetiva nacionalização do capital maioritário do SIRESP constitui um sinal encorajador!

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