No «Expresso» Nicolau Santos nega o carácter austeritário do orçamento de Estado para 2018 constatando que “foi isto que a receita da troika e do PSD/CDS nunca quis ver: que só com maior crescimento era possível o país sair do buraco em que tinha caído. E quando ao mesmo tempo se deprimia brutalmente a procura interna e a capacidade creditícia da banca que operava no mercado nacional, o resultado só podia ser uma recessão prolongada, que durou três anos e encolheu a riqueza produzida no país em mais de 7%, levando à emigração de meio milhão de pessoas fazendo disparar a taxa de desemprego até aos 17%.”
E, no entanto, não falta quem por aí ande a agradecer a Passos Coelho os «serviços» prestados» como se o seu legado não fosse suficientemente tóxico para só o encararmos com adequada máscara de proteção. Por muito que se lhe tente pegar por alguma ponta menos fétida todas exalam o mesmo odor pútrido de uma ideologia, que fenece sem cura, mas ainda capaz de causar significativos danos.
Daí a necessidade de criarmos uma barreira eficiente se lhe constatarmos a vontade de regresso à ribalta política, algo tão natural quanto ele próprio se vê à beira de ser sucedido por quem já demonstrou terem sido trágicas as anteriores passagem pelo poder - municipal ou nacional - e agora não enjeita encarnar a farsa que um deles já representou nos meses de sucessão a outro malquisto sebastião.
Se a palavra de ordem «Fascismo Nunca Mais» continua plenamente atual - mormente nestes dias lá para as bandas da Áustria! - a sua adaptação ao mesmo apelo substituindo a primeira palavra por “Passos” também plenamente se justifica. Até porque, vistas bem as coisas, e embora parecendo mais cosmopolita na sua inveterada saloiice, não existe grandes dissemelhanças entre a criatura e a matriz ideológica, que lhe andou sempre na mente.
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