1. A hipótese - por sinal muito credível! - é trazida por João Ramos de Almeida no blogue «Ladrões de Bicicletas»: será que a proposta do CDS de isentar o trabalho extraordinário do IRS é feita à medida da Administração da Autoeuropa, que teria levantado essa possibilidade nas reuniões com os representantes dos trabalhadores? Estará o CDS a buscar a redução dos custos do trabalho, pondo o Estado a, por omissão, subsidiar a atividade dos grandes empregadores?
Não é que nos espantemos, mas, a confirmar-se, tratar-se-ia da confirmação sobre o que desde sempre sabemos: que o partido de Cristas existe enquanto marionete para defender o que os patrões quiserem através dele expressar.
2. Outra hipótese com substância e colhida noutro blogue («O Jumento») defende a tese de Passos Coelho ter baixado os braços não apenas por ter perdido as autárquicas, mas sobretudo a esperança de lhe voltar a ser possível executar o programa ideológico, que cumpriu tão escrupulosamente entre 2011 e 2015, agora definitivamente revertido pelos sucessivos êxitos do governo.
Se não sabe pensar a política de outra forma, que não aquela que implementou, como poderia aspirar a regressar ao poder em circunstâncias, que a tornariam inviável? Sobretudo porque, com António Borges, morto e esquecido, e Vítor Gaspar a passear-se nos corredores do FMI, quem teria agora a aconselhá-lo para prosseguir os mesmos fins por recauchutados métodos?
3. Questão igualmente pertinente é a da razão do almoço de Marcelo Rebelo de Sousa com Santana Lopes. Não tendo condições para impor um dos seus homens de mão à frente do seu partido, não estará a procurar a vingança face a um Rui Rio, que se demitiu de secretário-geral quando ele presidia ao partido? É que, desde então, a incompatibilidade entre os dois, nunca pareceu diluir-se…
Convenhamos que o homem da vichyssoise continua igual a si mesmo!!!
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