Phoenix é para o ensino universitário norte-americano o que Silicon Valley significa para a indústria informática: é ali que milhares de jovens se concentram para obter os seus diplomas em instituições privadas extremamente caras.
O problema que se coloca nesta altura é o anunciado estoiro da bolha suscitada pelos empréstimos bancários contraídos por tais jovens para cumprirem esse projeto de vida. É que, ao contrário do que sucedia há ainda poucos anos, a conclusão do curso não significa nem emprego imediato, nem muito menos uma remuneração significativa.
O resultado é toda uma geração a contas com dívidas junto dos bancos sem as conseguir pagar. O valor agora anunciado dessa bolha é da ordem dos mil milhões de dólares!
O aperto em que esses jovens se sentem explica a sua adesão maioritária ao candidato democrata nas recentes eleições, já que Romney prometia encarecer os juros de tais empréstimos para o dobro na intenção de tornar ainda mais elitista a classe de maiores recursos e conhecimentos , reduzida assim na sua dimensão oligárquica.
A realidade agora evidenciada corresponde ao desiderato trágico de toda uma evolução política e social em que o ensino perdeu a função de investimento em inovação e crescimento futuros para se tornar numa mercadoria explorada por empresas privadas apenas orientadas para o lucro imediato.
Tudo quanto uma verdadeira educação não deve ser!
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