sexta-feira, 28 de setembro de 2012

LUGARES. Reykjavik


Na edição desta semana do programa cultural «Metropolis» do canal ARTE, visita-se a Islândia, país em efervescência também no plano cultural.
Foi aí que a crise atual começou por se manifestar, quando o seu sistema financeiro entrou em bancarrota e o país se viu à beira do abismo.
Desde então e graças à mobilização dos seus habitantes, a Islândia reinventou-se com um renovado vigor. Alguns até dizem que foi a falência financeira, que a terá salvo da vertigem em que estava mergulhada.
Segundo Gyrdir Eliasson, o escritor nada poderia ter acontecido de melhor a este povo insular: de repente os cidadãos perderam a confiança nos nababos da finança, revalorizando-se desde então a vida cultural.
Hoje, muitos atores da vida cultural islandesa são também homens políticos, como é o caso de Jón Gnarr, o novo presidente da câmara da capital, hoje adulado pelos seus munícipes como se fosse uma verdadeira estrela pop. Ou o escritor, tradutor e animador televisivo Arthur Bollason, que administra a Icelandair.
É com ele, que Metropolis descobre o bairro mais animado da cidade e onde se sente que das cinzas da crise emergiu uma nova sociedade.
A Islândia figura, pois, como o melhor exemplo de resposta à crise financeira: encarando os credores como entidades com quem se deve negociar em vez de a eles nos submetermos como «bons alunos».
Das longitudes boreais vem a solução para uma crise aparentemente insolúvel, mas aonde a reviravolta implica novos intervenientes com soluções capazes de apelarem às energias mais positivas da sociedade e aplicando políticas completamente opostas às até aí implementadas...


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