A ARTE (canal franco-alemão visto infelizmente por escasso número de portugueses) retomou a apresentação do programa diário «28 minutes», no qual se analisam os assuntos candentes do dia-a-dia com a ajuda de alguns comentadores, uns residentes e outros pontuais.
O tema de hoje era o da juventude francesa face ao desemprego e a discussão procurava respostas para a seguinte questão: devem internacionalizar-se e buscar soluções de emprego fora de portas ou devem apostar nas que exigirem como possíveis dentro do seu país.
É claro que havia um sarkoziano, que causticava o ensino francês por nunca ter dado aos jovens franceses um conhecimento aprofundado do inglês, que lhes facilitaria agora a aposta global. Mas também era defendida maioritariamente a perspetiva de serem os jovens as forças vivas de cada nação pelo que perdê-las só conduzirá ao seu enfraquecimento.
De repente surgiu a razão para ter vergonha do governo que temos de suportar aqui dentro das nossas fronteiras porque, enquanto exemplo anedótico de quem se atreveu a convidar os jovens do seu país a emigrarem, surgiu a fotografia de Passos Coelho enquanto bizarria digna da atenção conferida nas feiras aos fenómenos incomuns.
Será que o atual primeiro-ministro tem a noção dessa dimensão anedótica que o tornam risível aos olhos dos demais europeus? E os portugueses, cujas energias positivas Sócrates tanto procurou potenciar, sentir-se-ão confortáveis por essa má fama que se lhes cola ao terem dado direito de existência a esta governação, que mais não é do que a cobaia de obscuros frankensteins apostados em reduzirem um povo a ratos de laboratório aonde se ensaiam as suas fantasiosas e estapafúrdias doutrinas económicas?
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