Helder Moutinho e Maria Berasarte são excelentes intérpretes, embora ela não tenha passado incólume pela colaboração com a gritante Dulce Pontes, imitando-lhe os agudos quase insuportáveis.
Júdice, Peixoto e Gil são exímios guitarristas.
E João Monge já deu provas de bastante qualidade em projetos musicais anteriores desde os Trovante, aos Rio Grande culminando noutras gratas colaborações com o mesmo João Gil.
O que faltou então para reconhecermos um grande evento musical no acontecido na Culturgest? Por um lado, apesar das vozes possantes, os sons das guitarras taparam a compreensão dos textos com demasiada frequência. E, para além de alguns temas resgatados do passado dos cantores e guitarristas, não houve nenhum capaz de suscitar uma imediata empatia dos espectadores. As tentativas de Moutinho e de Berasarte para pôrem o público a cantar saldou-se por inexorável fracasso.
Mas se não foi experiência memorável pelos melhores motivos, também o não foi pelos piores. O que o classifica como um espetáculo de qualidade acima da média, mas a que faltou o tal grão de asa…
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