quinta-feira, 6 de setembro de 2012

FILMES: fumar ou não fumar, eis a questão!



Na noite temática de domingo, dia 9, que o canal franco-alemão dedica ao tema de fumar e deixar de fumar, já abordámos aqui dois dos filmes, que a integrarão. Desta feita trataremos dos dois outros filmes, um documentário de título «J’Arrête!» de Andrés Jarach, datado de 2005 e a curta-metragem
«Une Dernière Cigarette» de Geraldine Maillet, de 2009.
Começando pelo documentário de pouco mais de cinquenta minutos, ele diz respeito ao diário de Thomas que, após vinte anos de tabagismo, decidiu deixar de fumar, anotando os seus estados de alma e reflexões sobre todo o processo subsequente.
Em tom de comédia fica demonstrado que um filme científico pode ser divertido e eficiente.
Ele começa por se interrogar: «Sou um fumador feliz! Será que serei um não fumador feliz?»
É o adeus ao cigarro matinal, à passa dada com prazer.  As primeiras semanas são decisivas e a personalidade de Thomas fica virada do avesso com todas as implicações psicológicas decorrentes da decisão tomada.
Através de entrevistas face à câmara, de confidências gravadas ao acordar e ao deitar, de discussões com amigos e em consultas com o médico, o realizador acompanha as dúvidas e as crises do protagonista a contas com os efeitos da sua dependência.
É a partir dessas vicissitudes, que o filme organiza um conjunto de explicações sobre os mecanismos da dependência , demonstrados em laboratório com experiências em ratos.
Thomas vai ver alteradas as suas relações sociais, questionando as vantagens e as desvantagens da sua decisão. Porque se trata de um percurso subjetivo, que diz respeito a um fumador específico, o realizador não se arroga de o generalizar. E é afinal mais direcionado para o conhecimento do seu protagonista do que para o seu problema em si mesmo.
Para a sua curta-metragem de dezanove minutos, a romancista e ex-manequim Géraldine Maillet apresenta dois casais a jantarem em mesas adjacentes num restaurante.
Stéphane e Julie estão numa mesa, François e Audrey na outra. E, para darem vazão ao seu vício os fumadores vão entrando e saindo para pegarem no cigarro no passeio.
Dessas idas e vindas surgirão encontros imprevisíveis com os cigarros a influenciarem os destinos dos quatro personagens, suscitando encontros efémeros, mas decisivos entre os dois casais.
A música é bucólica e os movimentos dos personagens são poéticos e divertidos.

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