terça-feira, 25 de setembro de 2012

POLÍTICA: Quem não quer ser lobo, não lhe vista a pele!


Eu que nunca vivi da política, embora nunca tenha deixado de militar nas causas em que acredito, sempre execrei o discurso populista contra os políticos.
Sempre defendi que não se deve misturar Manuel Germano com género humano (Mário de Carvalho dixit…) e que, como em todas as atividades, existem os que são bons e os que são maus. Tanto mais que representam classes sociais por cujos interesses deverão pugnar, sem descurar a obrigação ética de levarem em conta o interesse geral.
É por isso que os três primeiros parágrafos da crónica de Pedro Tadeu no «Diário de Notícias» de hoje me mereceram algum estremecimento, logo diluído pelo distanciamento do próprio autor quanto à leitura mais primária das suas palavras. Mas convenhamos que Miguel Macedo ao invocar a fábula da cigarra e da formiga num discurso emitido este fim-de-semana pôs-se a jeito de lhe lembrarem o provérbio de mandar não vestir a pele de lobo quem por ele não quer ser tomado. Senão atenhamo-nos a esses três elucidativos parágrafos:
Miguel Macedo nasceu em Braga, em 1959, licenciou-se em Direito. Foi deputado à Assembleia da República na V, VI, VII, VIII, X e XI legislaturas. Nesta última foi líder parlamentar do PSD.
Conseguiu ir para o Governo como Secretário de Estado da Juventude do XI Governo Constitucional (Cavaco Silva era o primeiro-ministro) e, mais tarde, como secretário de Estado da Justiça dos XV (Durão Barroso) e XVI governos (Santana Lopes). É ministro da Administração Interna de Passos Coelho. Foi vereador da Câmara Municipal de Braga entre 1993 e 1997 e membro da Assembleia Municipal de Braga. Foi secretário-geral do PSD entre 2005 e 2007.
Se eu fosse parvo diria, apressado: "este tipo é uma cigarra, consegue viver à custa do contribuinte desde 1987. Desde os 28 anos de idade que é político profissional... Vá mas é trabalhar!"

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