A leitura da imprensa científica vai-nos dando informações interessantes sobre algumas linhas de investigação, que poderão vir a ter reflexos positivos na nossa vida futura ou alertar-nos para riscos para os quais deveremos assumir estratégias preventivas.
Começando por um estudo científico enquadrável na segunda dessas vertentes, uma equipa australiana concluiu agora que, desde 1950, o ritmo a que a água dos oceanos se evapora aumentou em 4% devido ao aquecimento global. De facto, o ar da atmosfera contém cada vez mais vapor de água.
A consequência imediata: a amplificação dos contrastes geográficos entre as regiões áridas condenadas a ficarem mais secas e as húmidas sujeitas a maiores índices de pluviosidade.
Entretanto, na medicina está-se a prever um aumento exponencial dos casos de hepatite C nos próximos três a cinco anos, já que esse vírus mortífero disseminou-se de forma epidémica há cerca de vinte cinco anos, graças a seringas infetadas ou a transfusões de sangue, e esse é o prazo para se manifestar sob a forma de cirroses ou de cancros no fígado.
É por isso que os principais laboratórios farmacêuticos estão a conhecer uma verdadeira corrida de contrarrelógio para contarem com medicamentos de grande eficácia no mais curto prazo, sendo expectável a possibilidade de se conseguir alcançar a própria cura de tais efeitos.
Os estudos científicos agora apresentados apontam para a possibilidade de, a exemplo da sida, esta estirpe da doença deixar de significar uma condenação definitiva. Pelo menos na Europa e na América do Norte já que, por exemplo em África - aonde ela assume dimensões preocupantes - os efeitos nas taxas de mortalidade não se reduzirão tão cedo quanto o necessário para a maioria dos que já estão infetados.
A terminar, e enquanto surgem muitas inovações a nível da nanotecnologia, que nos permitirão produzir bens com extrema precisão, maximizando a utilização de recursos e os rendimentos subsequentes - hoje apenas possíveis numa lógica utópica - foram entregues os prémios Ignobel 2012. Entre os quais (e é sobre ele o filme inserido neste post), um dispositivo concebido para acabar de vez com discursos tagarelas.
Quem diz que a ciência não cria coisas úteis?
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