domingo, 20 de janeiro de 2019

Vencida uma batalha, Rio continua a ter a guerra perdida


Voltando a dar notícias depois da vitória no Conselho Nacional, Rui Rio surgiu  na Madeira a enunciar um argumento tão desonesto, que devemo-nos questionar se saiu da sua cabeça, se já dos publicitários contratados para lhe aprimorarem as mensagens aos eleitores. Perante as câmara de televisão não teve pejo em dizer aos madeirenses que, nas próximas eleições regionais, não deverão confiar em quem enfrenta tantas greves no Continente, demonstração de enormíssimos dessagrados, como se eles não fossem protagonizados por minoritários interesses corporativos, que a globalidade do eleitorado não os condenasse.
Vai-se a virar o argumento do direito e do avesso o que se pode concluir? Primeiro que tudo a atitude defensiva de quem sabe iminente a derrota! Rio diz aos insulares que sabe-os tentados a votarem nos socialistas, advertindo-os quanto aos riscos de ficarem desagradados com a sua escolha. A expressão é própria de quem vê o eleitorado a fugir-lhe e o procura desesperadamente agarrar.
Mas não só: Rio parece ter em fraca conta a capacidade dos eleitores para avaliarem os benefícios conseguidos com este governo graças ao fim dos cortes, que o anterior fizera nos salários e nas pensões e na estabilidade política propiciadora de futuros investimentos, que o segundo mandato comportará.
Esses mesmos eleitores têm ouvido Miguel Albuquerque queixar-se continuamente do (falso) boicote do governo central ao que ainda tem sede no Funchal e, ao contrário do que o sucessor de Alberto João julga, esse «papão» só tende a virar-se contra si, porque o mais natural é o eleitor local pensar que, já estando mais do que garantida a reeleição de António Costa como primeiro-ministro, será estúpido apoiar quem ali se lhe diz opor ? Não estará Albuquerque a facilitar a vitória de Cafôfo, cuja empatia com o governo central poderá beneficiar mais a Madeira? Não acusam os responsáveis do PSD que, por serem governados por socialistas, os açorianos têm vindo a ser beneficiados?
Rui Rio venceu a batalha interna no laranjal, mas continuará igual a si mesmo, somando desaires no confronto com as esquerdas, que pretende derrubar.

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